Uma amante da literatura e um jogador de futebol de salão. Ela morando em Brasília e ele em outros estados. Podia parecer não terem afinidades, mas quando FINALMENTE eles se encontraram, perceberam quanto havia em comum. E perceberam também como as diferenças podiam uni-los ainda mais. Olha, esse enredo de novela contado pela noiva, a Juliana:

O INÍCIO

“Somos a Ju e o Rafa. Nossa história é bem engraçada, pois nós dois somos de Brasília, nascemos e crescemos na cidade satélite de Sobradinho, estudamos nas mesmas escolas, tínhamos vários amigos em comum, mas nunca havíamos nos visto. Sobradinho é pequeno (naquela época mais ainda) e todo mundo se conhece, mas nós não nos conhecíamos. O Rafa sempre foi atleta, e os caminhos o levaram a ser jogador de futsal profissional, o que o fez sair de Brasília para jogar por times espalhados pelo Brasil. Já eu, resolvi estudar, me formar e fazer concurso público (como 99% dos jovens brasilienses), parecia que os nossos caminhos jamais se cruzariam, mas quando algo tem que acontecer, acontece!

Era maio de 2010, o Rafa morava em Belo Horizonte, onde jogava pelo Minas Tênis Clube, e eu já estava concursada em um órgão federal em Brasília. Devido ao meu trabalho, eu fazia muitas viagens e fui “escalada” para uma viagem a BH, para trabalhar em uma feira do livro na cidade, mas não encontrava hotel próximo ao local do evento. Então, graças à ajuda de uma amiga em comum, que ficou surpresa por eu não conhecer o Rafa, entramos em contato pelo finado MSN (não existia whatsapp nessa época) para ele me passar algumas dicas de hotel e da cidade. Por pouco eu não tive a viagem cancelada devido a uma greve do meu trabalho, e o Rafa por pouco estaria viajando (parte da sua rotina), mas misteriosamente tudo se encaixou.

Essa amiga (segundo ela, sem nenhuma intenção) pediu ao Rafa para indicar algum lugar legal pra eu sair, pois após um namoro de quase 7 anos, eu estava solteira há pouco tempo,  ele deu o nome de alguns lugares e disse que ligaria, caso eu precisasse de alguma coisa. Uma grande amiga que também havia conhecido o Rafa me garantiu que ele nunca me ligaria, porque ele era muito tímido, disse que tinha o visto algumas vezes e ele mal abria a boca. Mas, por obrigação (e rezando pra eu dizer não), ele me ligou, para saber se queria sair em BH. Como eu estava com uma amiga, após muito pensar, resolvi ir, afinal de contas, o menino mal falava e havia me ligado, eu estava com uma amiga, ele deveria levar mais gente e se não abrisse a boca, a minha companhia estava garantida.

Foi então que nos conheceram pessoalmente, no dia 13/05/2010. Fomos a um local chamado Alambique, onde tocava música sertaneja e, por incrível que pareça, conversamos a noite inteira! Eu estranhei, pois minha amiga tinha garantido que ele não falava. Ele disse que ficou abismado, se perguntando o que eu tinha que o fazia falar. 

Passei uma semana em BH, durante a qual nos falamos diariamente por incontáveis SMS, nos vimos mais algumas vezes e, na véspera de eu ir embora, na madrugada do dia 19/05/10, no mesmo local aonde havíamos nos conhecido (Alambique), nos beijamos pela primeira vez. Eu voltei pra Brasília na manhã seguinte e na segunda vez em que nos vimos, o Rafa me pediu  em namoro.

Pouco depois do início do namoro, o Rafa voltou para Brasília, para jogar em um time da cidade, onde permaneceu por 1 ano e meio. Em 2012, ele se mudou para São Paulo, para jogar pelo Corinthians. Eu permaneci em Brasília e, mesmo com muitas mudanças e dificuldades devido à distância, resistimos bravamente, namorando à distância por 3 longos anos!

Em Junho de 2014, Rafa escolheu o meu aniversário para fazer uma surpresa, estávamos na Costa do Sauípe e ele me pediu em noivado.

Em dezembro de 2014 marcamos o casamento para o dia 19/12/2015. Porém, no início do ano de 2015, eu fui aprovada em um mestrado na Universidade Federal de São Paulo e antecipei minha mudança.”

O PLANEJAMENTO

“Para o nosso casamento, pensamos em todos os mínimos detalhes com muito carinho. Minha prioridade era que eu participasse e tomasse a frente de todos os detalhes e definições e que tudo tivesse a nossa cara. Nossos primeiros contratos e prioridades foram a Igreja, a casa de festa, o buffet, a banda e o fotógrafo, que era muitoooo importante pra mim. Gosto muito de fotos e penso que de tudo do grande dia, é a única coisa que vai ficar conosco pro resto da vida, então de nada adiantaria ter tudo perfeito se as fotos não retratassem isso. 

Em relação ao estilo do casamento, definimos com base nos nossos sonhos, gostos pessoais e orçamento disponível.“

OS FORNECEDORES

“Os nossos fornecedores escolhemos a dedo, demos prioridade para o que era mais importante para nós, buscamos indicações. Nosso critério sempre foi aliar qualidade ao orçamento que poderíamos pagar. Além disso sempre prezamos pelo bom atendimento e abertura para o diálogo. Eu (Juliana) tive várias amigas e familiares que casaram em períodos próximos a mim, então a troca de informação e indicação dessas pessoas me ajudaram muito. Uma pessoa que foi fundamental em diversos momentos, foi a Camila (da Nós por Dois), que na época ainda não estava totalmente estruturada, mas eu e a Cami somos amigas pessoais e ela me ajudou muito com ideias, infinitas trocas de informação, além de ter se dedicado ao máximo para fazer toda a papelaria do casamento, com a criatividade e competência dela que são únicas.

Tudo correu de maneira perfeita, não tive problema sério com nenhum fornecedor, sempre tem alguma coisa que não sai totalmente de acordo com o que a gente idealiza, mas posso dizer que, no geral, nosso casamento superou bastante nossas expectativas.

Nesse processo todo, não posso deixar de citar a importância do cerimonial, que não contratei para planejar, pois eu mesmo fiz questão de fazer isso, mas que se empenhou em entender tudo que eu desejava e executou tudo que solicitei de maneira exemplar, elaborou o mapeamento das mesas do salão, assim as pessoas ficaram divididas por setores, próximas a pessoas que tinham algo em comum.“

Os nossos fornecedores escolhemos a dedo, demos prioridade para o que era mais importante para nós, buscamos indicações. Nosso critério sempre foi aliar qualidade ao orçamento que poderíamos pagar. Além disso sempre prezamos pelo bom atendimento e abertura para o diálogo.

AS MÚSICAS

As músicas mesclamos musicas religiosas, musicas que gostávamos e que fizeram parte da nossa historia. Foram elas:

O GRANDE DIA

“O dia foi a realização de um grande sonho. Após todas as dificuldades que passamos com o adiamento do casamento, os problemas de saúde do Rafa, finalmente viver aquele momento foi ainda mais significativo e especial.

Vários detalhes tinham a nossa cara, desde a papelaria, aos detalhes como porta guardanapo, guardanapo, decoração, procuramos fazer tudo em harmonia. O Rafa sempre disse que queria que eu fizesse uma decoração que fosse a minha cara, que as pessoas chegassem e dissessem: esse é o casamento da Ju. Optei então pelos tons de rosa, detalhes em pérolas e em dourado. Toda a minha papelaria foi feita e criada por mim e uma grande amiga que fez tudo em detalhes. Eu mesma fiz questão de finalizar os convites, fazer os porta guardanapos, escolher as forminhas dos doces, elaborar e montar as lágrimas de alegria, para que tudo ficasse em harmonia.

As plaquinhas da igreja também foram personalizadas para a nossa história, como o Rafa é jogador e a bola sempre foi algo extremamente marcante na vida dele, primeiro colocamos o sobrinho dele como pajem entrando chutando uma bola de futebol, acompanhado da minha sobrinha que levou a placa anunciando a entrada do noivo: Lá vem o noivo! Foi uma sensação. Depois, veio minha outra sobrinha com a placa: Tio Rafa, sua loira vem aí, pois o Rafa sempre me chamava de minha loira, loirão, etc. E as placas na saída tinham uma a frase de um poema do Pablo Neruda que gostamos muito e usamos no nosso convite: “E por amor, serei, será, seremos…”. E a segunda, a frase da nossa história de amor: Para todo o sempre!  Pois desde o início do namoro o Rafa sempre me perguntava: Amanhã de manhã você ainda vai me amar? E a resposta era: Para todo o sempre eu vou te amar. Assim, a frase “Para todo o sempre” se tornou a nossa frase.

Além disso, o próprio fato da igreja ser Nossa Senhora Aparecida, pois somos devotos, frequentamos o santuário com frequência e nós dois temos a imagem dela tatuada. Pensamos, também, nas músicas da cerimônia com todo carinho, procurando músicas que contassem a nossa história. A música da minha entrada foi uma das homenagens que fiz ao Rafa, pois foi uma música que ele me enviou ainda durante o namoro e que em dezembro ele iria usar para entrada dele na igreja. Depois de tudo que ele passou, resolveu trocar a música e eu fiz essa surpresa, então entrei com a clarinada, o início da marcha nupcial e depois a música Ainda bem, do Thiaguinho.

Além dessas surpresas da música e da placa antes da minha entrada, preparei uma lapela personalizada para o Rafa, com a foto da avó dele, que faleceu em 2013. O Rafa foi criado pela avó e a tinha como grande referência materna e espelho de pessoa e caráter. Ele sempre comentava comigo, durante a preparação do casamento, que queria muito que a avó pudesse tê-lo visto casar e que seu sonho era poder ter entrado com ela na igreja. Daí então vi a ideia do relicário personalizado, as noivas geralmente usam no buquê, mas mandei fazer para ele usar junto da lapela, no terno. Entreguei a ele na véspera, por conhecer o Rafa e saber que isso mexeria muito com ele. Foi um momento muito marcante, onde falei que era uma maneira da avó estar presente e ao lado dele.  

A escolha da banda da recepção também foi pensada com muito carinho, pois a música  sempre foi algo muito marcante no nosso relacionamento, desde o início, sempre mandávamos muitas músicas um para o outro, em sua maioria pagodes e músicas sertanejas, por serem os estilos que mais gostamos, então procuramos uma banda que animasse a festa e tocasse esses estilos, foi então que optamos pelo Clima de Montanha, por ser uma banda que toca vários gêneros. Eles foram sensacionais e superaram muito a nossa expectativa, abriram a pista com uma música escolhida por mim, que conta muito da nossa história (Meu sorriso – do Péricles).

Um outro detalhe importante foram as taças usadas para o brinde, que foram as mesmas taças que usamos no nosso noivado e eram as taças do casamento dos meus pais.

No inicio, nossa sensação era de ansiedade e nervosismo. Ao final, nossa sensação era de “quero mais”. A festa passou voando! Me lembro de ver as pessoas irem embora e falar: “Mas já? Eu quero mais cinco horas de festa!”. Uma sensação de extrema felicidade êxtase, que nos fazia nem acreditar que aquilo tudo tinha sido real.“

Vai se casar? Então olha essas dicas maravilhosas da Ju: